Vários cirurgiões no Brasil e no mundo atestaram a segurança da via de acesso por vídeo para o tratamento de muitos casos de doenças do intestino grosso.
O que é?
A vídeo-cirurgia ou a cirurgia laparoscópica é realizada com o emprego de um telescópio (também conhecido com ótica) que se liga a uma câmara miniaturizada a qual projeta sua imagem em um monitor de vídeo.
Através de equipamentos conhecidos como trocartes que são instalados no abdome do paciente sob anestesia geral, esta ótica e vários tipos de pinças são introduzidas no interior do abdome que é previamente insuflado com gás carbônico, que é bastante inerte.
Através da visão projetada em um ou mais monitores de vídeo, o cirurgião procede às operações de forma similar à realizada pela via convencional.
As vantagens obtidas com as operações por vídeo realizadas para o tratamento das afecções da vesícula biliar e da doença do refluxo gastroesofágico podem ser oferecidas aos pacientes com doenças do intestino grosso.
Principais vantagens
As principais vantagens resultantes são:
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Menor dor
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Ausência de cicatriz abdominal ou cicatriz significativamente mais curta localizada no abdome em posição mais inferior levando a efeito estético superior
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Menor duração da internação hospitalar
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Menor risco de complicações das cicatrizes tais como infecção e hérnias
Indicações
As principais doenças colorretais que podem ser tratadas por vídeo-laparoscopia são:
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Diverticulite
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Pólipos maiores do intestino grosso cuja remoção por colonoscopia não pôde ser realizada
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Doenças inflamatórias intestinais tais como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn não complicadas
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Polipose adenomatosa familiar
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Constipação grave
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Casos selecionados de câncer do intestino
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Procidência do reto
Técnica
Durante a vídeo-laparoscopia, instrumentos cirúrgicos comuns tais como pinças e tesouras adapadas são utilizados para realizar a mobilização de segmentos intestinais de variado tamanho.
Todos os vasos que irrigam o cólon e o reto podem ser controlados com o emprego de clipes ou de formas alternativas de energia. A secção desses vasos é necessária à realização da ressecção intestinal.
Os segmentos intestinais que necessitam ser removidos são retirados através de uma pequena incisão.
A realização de anastomoses intestinais (união entre dois segmentos de intestino, por exemplo, entre o cólon e o reto é mais freqüentemente realizada por vídeo com o emprego de equipamentos de sutura mecânica endoscópicos.
O efeito estético é bastante superior ao obtido pela via convencional.
É seguro?
Vários cirurgiões no Brasil e no mundo atestaram a segurança da via de acesso por vídeo para o tratamento de muitos casos de doenças do intestino grosso. Assim como para qualquer outra operação, quanto maior a experiência da equipe cirúrgica com o método, menor o risco de complicações.
Quem é candidato?
Todos os pacientes com as indicações acima são candidatos a operações colorretais por vídeo. Operações abdominais prévias podem trazer algum grau de dificuldade porém não inviabilizam o procedimento. O profissional mais apto a decidir por qual via de acesso você deve ser operado(a) é o cirurgião da sua confiança.