ESTUDOS COM DESENHO ADEQUADO SÃO NECESSÁRIOS PARA DEFINIR SE O ADEQUADO CONTROLE DO DIABETES PODE REVERTER O INCREMENTO DA MORTALIDADE EM DIABÉTICOS COM O TUMOR.
Há evidências de que o diabetes mellitus esteja associado a maior risco de se desenvolver o câncer do intestino grosso.
O tratamento do câncer do intestino é principalmente cirúrgico. A quimioterapia é empregada no pós-operatório e beneficia pacientes com estágios mais avançados da doença.
Há complicações no tratamento do câncer do intestino grosso. Essas complicações são conhecidas e cabe aos especialistas envolvidos no tratamento dessa doença identifica-las e trata-las adequadamente. Mas o ideal seria como saber preveni-las.
Na revisão sistemática da literatura seguida de metanálise conduzida por Mills e cols. e publicada na edição de janeiro de 2014 do periódico Diseases of the Colon and rectum, um dos mais importantes da especialidade, 26 estudos foram incluídos.
Pacientes com câncer do intestino e diabéticos apresentaram um risco de 17% mais alto de vir a falecer por qualquer causa após o diagnóstico do câncer; e de 12% de vir a falecer por uma causa relacionada ao diagnóstico de câncer; quando comparados aos pacientes com câncer e não-diabéticos.
Esses resultados mostraram-se persistentes mesmo quando somente os pacientes sem doença disseminada foram analisados.
O resultado é importante apesar de haver diferenças entre os estudos incluídos sobre a duração do seguimento e também sobre os critérios diagnósticos de diabetes.
Médicos e demais profissionais envolvidos no tratamento de pacientes com câncer do intestino grosso devem estar cientes as comorbidades de seus pacientes avaliadas no pré-operatório. Idade, antecedentes pessoais de doenças e tratamento e também o diabetes mellitus devem ser avaliados com atenção.