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Cirurgia minimamente invasiva do câncer do reto

Há dúvida sobre se as complicações infecciosas, especialmente a deiscência de anastomose após o tratamento cirúrgico do câncer do reto resultam em piora da qualidade de vida.

Mongin e cols. avaliaram 170 pacientes que se submeteram a tratamento cirúrgico do câncer do reto por excisão total do mesorreto por vídeo (67% após quimo e radioterapia neoadjuvantes.

 

21 pacientes com deiscência de anastomose foram comparados a 42 pacientes sem complicações infecciosas. A qualidade de vida foi determinada pelos resultados de instrumentos de qualidade de vida: o SF-36, o FIQL, o CR-29 e o escore de incontinência (Wexner).

 

Após um seguimento médio de 30 meses, verificou-se que os pacientes com deiscência de anastomose tinham prejudicadas a qualidade da atividade física e o auto-respeito, eram mais dependentes de protetores das vestes íntimas e observavam mais frequentemente a perda de sangue e muco nas fezes.

Os autores concluíram pela associação entre complicações da cirurgia do câncer do reto e piores resultados funcionais e de qualidade de vida mesmo após a realização da operação por videolaparoscopia.

Dessa forma, a realização do tratamento cirúrgico do câncer do reto por equipe especializada e experiente é necessária à melhor qualidade de vida, sobretudo quando empregada a via de acesso minimamente invasiva.

Int J Colorectal Dis. 2014. Does anastomotic leakage impair functional results and quality of life after laparoscopic sphincter-saving total mesorectal excision for rectal cancer? A case-matched study. Mongin e cols.

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